Não há surpresas nisso...



Aprendemos por tortura, que a vida é surpreendente...
Aprendemos por lições duras, que a vida é uma constante fase
Fase de doces amarguras
Fase de encontros e significações.

Aprendemos que nem todo dia ganhamos um abraço
Aprendemos que vez ou outra estamos sozinhos mesmo
E que, e daí?
Não há surpresas nisso, não há surpresas nisso.

O silêncio é uma resposta branda de alguém que muito nos conhece
De um grande construtor de mudanças
Por isso digo
Que aprendemos a duras forças gravitacionais
Que o tempo é de quem quer que seja
Menos meu
Menos seu.

Não há surpresas nisso
Não há surpresas nisso
Há só um vento forte a farfalhar meus ouvidos
E então, hoje entendi
Que tudo é mesmo uma vaidade.

O paraíso diante de meus olhos
Azul, branco e homogêneo
Nunca vou esquecer
A sensação de estar distante dos medos
Distante até de mim.
Não há surpresas nisso, não há surpresas nisso
Só um amontoado de emoções.

Chorei no paraíso, sorri com o horizonte
Aproveitei os momentos
Ganhei afetos insanos
Fui eu, sempre eu
Inteira, corriqueira, 
Silenciosa 
E sem domínio de nada
Muito menos do tempo.

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